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Reitor explica modelo acadêmico da UFOPA a alunos de Jornalismo Científico

O reitor da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Prof. Dr. José Seixas Lourenço, explicou detalhadamente aos alunos do curso de especialização em Jornalismo Científico, na noite desta quarta-feira, 3 de agosto, o modelo acadêmico da instituição. O curso é o primeiro do gênero ofertado no estado do Pará e têm 25 alunos regularmente matriculados. A maioria já atua em veículos de comunicação da cidade de Santarém.Seixas Lourenço iniciou sua explanação relembrando o projeto de interiorização da Universidade Federal do Pará (UFPA), implementado quando ele era reitor daquela universidade, o qual possibilitou a qualificação de professores que já atuavam no ensino médio, cujos índices da época registravam que “apenas 3% tinham licenciatura plena”, demonstrando-se a importância do projeto que depois virou modelo para o Brasil.

“Foi esse projeto, colocado em prática em meados da década de 1980, que possibilitou a criação em 2009 da UFOPA”, afirmou Seixas Lourenço.

O reitor também lembrou que o projeto de interiorização – a exemplo do que ocorre com a UFOPA hoje – também recebeu críticas na época da sua implantação: “Muitos professores foram contra a interiorização, mas depois da consolidação do modelo mudaram de opinião”.

Até se chegar ao atual modelo acadêmico da UFOPA houve muitos debates. Um dos principais ocorreu em 2008, quando estiveram reunidos em Santarém representantes do Ministério da Educação, CAPES, CNPq e INPA; após dois dias de debates chegou-se à conclusão de que a nova universidade deveria  ser “um polo de conhecimento”. Para cumprir tal objetivo, foi adotado o modelo interdisciplinar e criados cinco institutos com temática global, porém voltados à realidade local, a saber: Instituto de Biodiversidade e Florestas (IBEF); Instituto de Ciências da Sociedade (ICS); Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA); Instituto de Engenharia e Geociências (IEG); e Instituto de Ciências da Educação (ICED), este último voltado para a formação de professores. Todos ofertam cursos criados a partir das demandas para o desenvolvimento regional.

Com apenas um ano e meio de existência (a UFOPA foi criada em 5 de novembro de 2009, por meio da Lei 12.085), a primeira universidade federal implantada no interior da Amazônia já tem cerca de 6.000 alunos, entre estudantes de graduação e de pós-graduação. O reitor Seixas Lourenço anunciou ainda a criação de um curso de doutorado, cujo projeto já está sendo avaliado pela CAPES. Disse também que ainda neste ano devem ser criados mais cinco cursos de pós-graduação lato sensu (especialização) em diversas áreas do conhecimento.

Para o jornalista Jota Ninos, que também é aluno do curso, a apresentação foi “concisa e esclarecedora”. “Estou convicto, mais do que nunca, de que é de suma importância reforçar a UFOPA, como instituição, para criar um novo paradigma na produção de conhecimento da região”.
Outro integrante do curso, Fábio Pena, aproveitou para incluir no perfil de seu microblogue no Twitter.com alguns trechos da explanação do reitor. “Tuitei algumas informações, que me pareciam interessantes, para fazer um contraponto com opiniões de alguns colegas que me seguem, e que têm uma visão meio distorcida, e as palavras do reitor esclareceram bem”.

Assistiram também à explanação do reitor os pró-reitores de Planejamento, Aldo Queiroz; de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação Tecnológica, Marcos Ximenes; de Administração, Arlete Moraes; e o procurador geral, Bernardino  Ribeiro.

Lenne Santos (Comunicação/UFOPA)

4/8/2011