UFOPA e Sudam assinam termo de cooperação técnica
epresentantes da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), do Ministério da Integração Nacional e da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) assinam, nesta quinta-feira, 1º, termo de cooperação técnica para criação do Núcleo Tecnológico em Aquicultura da Universidade Federal do Oeste do Pará, que será parte integrante do Parque de Ciência e Tecnologia do Tapajós. A assinatura ocorrerá na sala 102 do prédio Central do Campus Tapajós (Rua Vera Paz, s/n), às 17h, e contará com a presença do superintendente da Sudam, Djalma Bezerra de Melo, e do reitor da UFOPA, José Seixas Lourenço.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
A aquicultura no Brasil vem despontando como atividade promissora, registrando um crescimento superior à média mundial. Nos últimos onze anos (1990-2001), o Brasil apresentou um crescimento de aproximadamente 825%, enquanto a aquicultura mundial cresceu 187% no mesmo período. A região Norte se destaca como a mais produtiva, sendo os estados do Pará e do Amazonas os que registram os maiores índices de produção.
A Amazônia Brasileira tem nas suas reservas aquíferas um grande potencial para produção de peixes de água doce, quer em criatórios naturais em lagos e rios, quer no desenvolvimento da piscicultura racional, através de criadouros que contemplem desde a produção de alevinos até o produto final pronto para o consumo.
Na bacia amazônica a pesca é uma das mais importantes fontes de obtenção de proteína animal, é também o principal gerador de renda para os caboclos ao longo dos rios. A pesca é basicamente uma atividade extrativista, condicionada, portanto, pelo nível das águas dos rios, com superprodução na época da seca e escassez durante a época da cheia.
A forte pressão de captura sobre os estoques naturais de pescado tem ocasionado rigidez na quantidade ofertada e significativa elevação dos preços para o consumidor, principalmente em relação às espécies mais nobres. Esta situação agrava-se sobremaneira na época da entressafra, quando ocorre acentuada escassez do produto.
A criação de peixes em pequenas propriedades rurais contribui para o melhor aproveitamento dos recursos disponíveis, incrementa a qualidade nutricional da dieta familiar, gera receita adicional e substitutiva com a comercialização de parte da produção e contribui para o bem-estar das famílias, promovendo uma opção a mais de lazer, ou seja, a pescaria.
Diferente da produção agrícola, que é muito mais sujeita à sazonalidade em função das condições climáticas, a aquicultura é uma fonte de alimento mais previsível e constante, disponível o ano todo. A aquicultura rural e familiar é capaz ainda de estimular o trabalho familiar e de gerar receitas que contribuem para a redução da migração de famílias rurais para centros maiores.
Serão beneficiados com as atividades do núcleo estudantes de graduação da UFOPA, aquicultores familiares rurais e a sociedade como um todo, já que haverá aumento da oferta de pescados.
Lenne Santos – Comunicação/UFOPA
1/12/2011