Você está aqui: Página Inicial Notícias 2011 Junho UFOPA e IDEFLOR firmam cooperação para desenvolvimento florestal do Oeste do Pará

UFOPA e IDEFLOR firmam cooperação para desenvolvimento florestal do Oeste do Pará

A Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) e o Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará (IDEFLOR) firmaram acordo de cooperação técnica com o objetivo de estabelecer iniciativas de apoio e de desenvolvimento florestal na região do Oeste do Pará. Assinado no dia 21 de junho pelo governador do estado do Pará, Simão Jatene, durante sua visita à Santarém (PA), o acordo visa a estabelecer colaborações principalmente em projetos focados em territórios sob gestão coletiva na região, como áreas quilombolas e de domínio das populações tradicionais.

“Esse acordo vai nos permitir dar uma resposta mais efetiva nos planos de manejo florestal e na elaboração dos planos de desenvolvimento local sustentável, não só em Santarém, mas também em outros municípios, como Juruti e Aveiro. Isso abre uma ampla possibilidade de cooperação efetiva e tem repercussão tanto na pesquisa, com a inclusão desses temas na nossa agenda, como também no trabalho envolvendo a capacitação de pessoal”, afirma o reitor da UFOPA, Prof. Dr. Seixas Lourenço.

“Estamos fazendo um plano de trabalho para as regiões da Calha Norte e do Tapajós, onde se concentram a quase totalidade das florestas públicas estaduais constituídas, incluindo os territórios florestais de domínio das populações tradicionais sob gestão do estado”, explica o diretor do IDEFLOR, José Alberto da Silva Colares. Segundo Colares, o instituto vai priorizar as áreas onde se efetivarão as concessões florestais estaduais, como a região entre Arapiuns e Mamuru, nos municípios de Santarém e Juruti. “Pretendemos fazer planos de desenvolvimento local, que envolvem várias ações de política pública, como a implantação de sistemas agroflorestais, estudo do potencial econômico dos produtos florestais, planos de negócio com base no manejo e na exploração de produtos não-madeireiros, capacitação para as populações tradicionais em produtos madeireiros e não-madeireiros e empreendimentos em arranjos produtivos locais, entre outras ações”, explica.

Dentre as várias atividades previstas no acordo estão a implantação de planos de desenvolvimento local sustentável nas comunidades tradicionais dos rios Maró e Aruã (Santarém e Juruti) e demais territórios agroextrativistas de domínio estadual na região; o monitoramento dos planos de manejo florestais sustentáveis dos contratos sob a gestão do IDEFLOR; além de estudo para o plano de uso da área reservada às comunidades tradicionais do entorno do rio Mamuru. “Precisamos de apoio local para essas ações, principalmente de instituições como a universidade. É muito importante que todas essas ações sejam discutidas e operadas em conjunto com o centro de formação do conhecimento em recursos florestais que é a UFOPA”, afirma Alberto Colares.

A iniciativa visa ainda o assessoramento para elaboração do plano estadual de manejo comunitário e familiar e do arcabouço normativo para a gestão estadual das florestas públicas, além da revisão dos instrumentos legais de regulamentação do cultivo florestal. As duas instituições trabalharão ainda em conjunto para a implantação e gestão do centro de treinamento para o manejo florestal madeireiro e não-madeireiro do estado do Pará, a ser construído na Gleba Estadual Curumucuri, em Juruti.

A implantação da rede de coleta de sementes, de polo de produção de mudas e a recuperação do laboratório de sementes e de ecofisiologia florestal da UFOPA, como âncora ao suporte técnico para o desenvolvimento florestal, são outras ações previstas no acordo. “O apoio do IDEFLOR vai contribuir para consolidarmos o nosso laboratório de produção de mudas. Ingressaremos no sistema de coleta de sementes, visando à produção de mudas, inclusive para a recuperação de algumas áreas. É uma melhoria significativa das nossas instalações, em particular àquelas ligadas ao Instituto de Biodiversidade e Florestas”, afirma Seixas Lourenço.

Maria Lúcia Morais (Comunicação/UFOPA)
28/6/2011