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UFOPA será sede do Parque Tecnológico do Tapajós

“Estamos absolutamente convencidos da importância da implantação do Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) do Tapajós no campus da Universidade Federal do Oeste do Pará, em Santarém”, afirmou o reitor da UFOPA, Prof. Dr. José Seixas Lourenço, durante reunião entre a Administração Superior da Universidade e representantes do Governo Federal e do Estadual, realizada na última segunda-feira, dia 30 de maio, na Reitoria.

“O uso sustentável da biodiversidade, através da agregação de valor aos nossos produtos regionais, deverá ser o carro-chefe do Parque, que também poderá acolher incubação na área de pesca, aquicultura, de minerais, entre outros”.

Coordenado pelo reitor da UFOPA, o encontro contou com a participação do secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (SEPED) do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Carlos Afonso Nobre; do vice-governador do Pará, Helenilson Cunha Pontes; e da diretora de Inovação e Transferência de Tecnologia, Gisa Helena Melo Bassalo, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (SEDEC), além de pró-reitores e representantes dos institutos.

Orçado em 47 milhões de reais, o PCT Tapajós abrigará, em 11 mil metros quadrados de área, uma incubadora e um condomínio de empresas de base tecnológica. Os recursos serão oriundos tanto do poder público quanto da iniciativa privada. “A nossa expectativa é que até o final de 2015 tenhamos boa parte dos investimentos alocados”, explica Gisa Bassalo. “Hoje já temos o plano diretor e o plano de negócios do Parque Tapajós. As próximas etapas serão a contratação da execução do projeto executivo, o licenciamento ambiental e o início das obras”.

Além de estimular a formação e a instalação de empresas no Parque, a universidade também terá uma função gerencial, engajada na transferência de tecnologia e na capacitação dessas empresas. “Não é qualquer tipo de empresa que vai ser incubada, só aquelas que realmente pretendem ter um acervo tecnológico proveniente do conhecimento que é gerado pela universidade”. O Parque também estará aberto às instituições públicas e privadas da região. “Isso envolve também muito a área de gestão, administração, contabilidade, planejamento regional, uma série de segmentos para transformar esse parque em um impulsionador de novos empreendimentos”.

Contexto - Segundo Gisa Bassalo, os parques de ciência e tecnologia surgiram como estratégias de inovação e desenvolvimento regional. “Os parques são complexos de desenvolvimento econômico e tecnológico que visam fomentar economias baseadas no conhecimento científico e na cultura do empreendedorismo e da inovação”. Três parques foram planejados para o estado do Pará: o PCT Guamá, que já está sendo implantado no campus da Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém; o PCT Tocantins, previsto para Marabá; e o PCT Tapajós, a ser implantado no campus da UFOPA, em Santarém, a partir de 2012.

“Estamos trabalhando com o Governo Federal e, em particular, com o Governo Estadual, há pelo menos cinco anos. Já temos um plano diretor e de negócios, no qual foram identificados alguns setores econômicos considerados importantes de se trabalhar, sendo o principal deles o uso sustentável da biodiversidade”, explica Seixas Lourenço.

Parceiros – Além de comemorar as parcerias consolidadas durante a reunião, que passam pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia, e pelo Governo Federal, através do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e da sua agência financiadora de estudos e projetos, além do Ministério da Educação (MEC), através da Secretaria de Educação Superior, Seixas Lourenço anunciou que está negociando uma parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Temos uma expectativa de, ao longo desse ano, dar os primeiros passos de instalação do PCT Tapajós, começando com uma incubadora de empresas. Já dispomos de espaço físico, dentro do próprio campus Tapajós, que acolherá todo o projeto. Já temos financiamento do Governo do Estado para detalhar o projeto executivo, que implicará na incubadora, no condomínio de empresas, em toda a parte de gestão e departamento ligado à propriedade intelectual, e todo um conjunto de unidades que comporão o Parque Tecnológico”.

Para o vice-governador Helenilson Pontes, a reunião entre o governo do estado, o reitor da UFOPA e o Ministério da Ciência e Tecnologia foi extremamente positiva. “Estamos amarrando as pontas no sentido da criação de um Parque Tecnológico, que será um instrumento importantíssimo de geração de conhecimento no interior da Amazônia. Santarém tem tudo para atrair empresas âncoras, gerando ciência e tecnologia a partir dos produtos da floresta, se colocando no palco internacional do desenvolvimento com sustentabilidade.”

Comunicação/UFOPA
2/6/2011