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Planetário móvel da UFOPA aproxima crianças da ciência

Planetário móvel da UFOPA aproxima crianças da ciência

Estudantes assistem sessão no planetário móvel. Foto: Jaime Carvalho

Centenas de estudantes do ensino fundamental do município de Santarém puderam participar de uma atração inédita na semana do Dia das Crianças. A Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SEMED), promoveu sessões de projeção no Planetário Móvel, adquirido recentemente pela universidade, através do Centro de Ciências da Educação (ICED). A estrutura foi montada no Espaço Pérola do Tapajós, localizado no Parque da Cidade, e atendeu cerca de 400 alunos de escolas públicas e privadas durante 3 dias de exibição, nos dias 9, 10 e 11 de outubro.

O coordenador do Centro Pedagógico de Apoio ao Desenvolvimento Científico (CPADC) do ICED/UFOPA, Prof. Everaldo do Carmo, explica que o maior objetivo do planetário é ajudar na divulgação da astronomia na educação básica da região. “Estamos preocupados porque verificamos que muitos professores de ciências não ensinam astronomia por não ter segurança no assunto. Então é válido que o planetário seja esse instrumento que divulgue a astronomia, questões curiosas e de caráter científico”. Ele destaca que, apesar do formato, o foco do planetário não é o entretenimento e, sim, seu caráter pedagógico e científico.

“Na física, muitas coisas são abstratas, como no caso da atmosfera. Por isso, para a criança, o planetário torna tudo mais palpável, instiga a curiosidade e facilita a aprendizagem”, diz a aluna do curso de Física Ambiental da UFOPA, Paulina Moreira Rodrigues, bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID. Em fase experimental, o planetário conta com duas apresentações gerais para o público leigo sobre o universo, mas a expectativa do CPADC é que, no próximo ano, a universidade tenha programas divididos por faixa etária, para os ensinos fundamental e médio.

Mãe da estudante Ana Clara Siqueira, 8 anos, Sirleidy Mota Siqueira acompanhou a filha durante uma das sessões. Além de aprovar a iniciativa, ela acabou se interessando pelo assunto tanto quanto a menina: “Foi uma sensação maravilhosa. Parecia que a gente estava realmente lá. Essa ideia foi ótima porque o que ela já tinha aprendido na escola, olhando ali, parecia real. Tirou todas as dúvidas”, disse. A estudante diz que aprendeu coisas que ainda não tinha visto nos livros: “Eu gostei porque a gente conheceu vários planetas”. Fã de astronomia, Marcos Zander, 11 anos, já sabia o que esperar ao entrar no planetário: “Quero ver os planetas mais de perto, mais reais”, disse, ansioso.

“À medida em que se trabalha dessa forma o conhecimento científico do que é o espaço, do que é o universo, de como se formam as estrelas, você está aprendendo de forma lúdica, sem o rigor ou a exigência de ter um papel, de ler um texto. E às vezes, você acaba aprendendo muito mais”, afirma a diretora do ICED, Profa. Solange Ximenes. Da mesma forma, diz a professora, a atividade também é importante na formação do estudante de licenciatura: “Existem outras modalidades de ensino para além da sala de aula, então um aluno de iniciação científica, um monitor que está envolvido no projeto do planetário também está aprendendo, muitas vezes muito mais do que se estivesse em sala de aula, com conteúdo formal”.

Jussara Kishi – Comunicação/UFOPA

11/10/2012