Difusão do conhecimento científico é tema de palestra no II Seminário PIBIC-EM
A cerimônia de abertura do II Seminário de Iniciação Científica do Ensino Médio (PIBIC-EM) ocorreu ontem, 18, no Auditório do Campus Tapajós, contando com a participação da diretora de Pesquisa, Profa. Ediene Pena Ferreira, e do pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação Tecnológica da UFOPA, Prof. Marcos Ximenes. O pró-reitor afirmou que, ao longo de sua carreira, percebeu que um expressivo número de profissionais de destaque no mundo acadêmico começou ainda no ensino médio. “O que antes a gente fazia informalmente, hoje está institucionalizado no Brasil. O Governo Federal tem programas de bolsas de iniciação científica para o ensino médio”, disse.
Nos últimos dois anos, a UFOPA atendeu a mais de 200 alunos em Oriximiná e Santarém com o Programa de Iniciação Científica para o Ensino Médio (PIBIC-EM), financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “Achei esse programa uma 'sacada' muito importante para o desenvolvimento do aluno. Ele tem que entender que o crescimento começa na base”, disse a professora Jandyra Bentes, da Escola Estadual Madre Imaculada, que participou do evento e tem interesse na parceria com a UFOPA.
A palestra de abertura foi proferida pelo professor da Universidade Federal do Pará (UFPA) e secretário adjunto da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (SEDECT), Alberto Arruda, que falou sobre o tema “Além dos muros: como fazer o conhecimento científico chegar à comunidade”. O professor abordou a evolução da sociedade em função do conhecimento, mostrando que “quanto mais se adquire conhecimento, mais rápido se dão os avanços”. Ele fez um panorama da produção científica nacional, revelando que o Brasil é o 13º em número de publicações científicas, mas cai para a 58ª posição em se tratando de inovação, ou seja, no uso do conhecimento. Em termos regionais, a Amazônia possui investimentos tímidos para desenvolver o conhecimento: “Os estados da Amazônia juntos têm menor produção científica que um estado do Sudeste sozinho”.
O palestrante indicou três pontos principais nos quais as universidades devem investir para que o conhecimento possa ultrapassar os limites da academia: qualificação de recursos humanos focada nas demandas regionais e locais; geração de conhecimento através da realização de pesquisas também focadas nas demandas regionais e locais; e interação com o setor produtivo.
Jussara Kishi – Comunicação/UFOPA
19/4/2013