Evento estimula debate sobre gestão e desenvolvimento na Amazônia
Ações de planejamento e gestão e suas retóricas de desenvolvimento da região amazônica, estabelecidas no Plano Plurianual 2012-2015, foram amplamente discutidas durante palestra, mesa-redonda e oficinas do I Diálogos sobre Desenvolvimento, Economia e Gestão Pública na Amazônia, evento realizado pelo Programa de Ciências Econômicas e Desenvolvimento Regional (PCEDR) da UFOPA, nos dias 14 e 15 deste mês.
O debate reuniu autoridades do âmbito científico e da administração pública, com o objetivo de exercitar a experiência que vem sendo desenvolvida em sala de aula acerca do planejamento, desenvolvimento e gestão. “Reunimos autoridades que não só discutem, mas que tornam concretas essas políticas no Brasil e também as que tratam dos reflexos dessa política para a região amazônica, tendo a base empírica o município de Santarém”, explica a professora Izaura Pereira, coordenadora do PCEDR.
Plano Plurianual
As diretrizes do Plano Plurianual do Governo Federal e as ações específicas para a região amazônica foram apresentadas por Leandro Couto, representante do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Segundo Couto, a economia brasileira possui três grandes frentes de expansão – investimentos em infraestrutura econômica e social; investimentos em recursos naturais; e investimentos em produção e consumo de massa. “A estratégia é potenciar as três frentes de expansão, por meio de avanços em educação. No Pará, a estratégia é a redução do déficit de políticas universais em territórios de maior desigualdade, interiorização da oferta do ensino superior e o aproveitamento do potencial hídrico”, informou Couto durante a palestra.
Atores locais
Na perspectiva do desenvolvimento local, as temáticas acerca das demandas dos atores locais, as retóricas e as políticas públicas concretizadas na região foram discutidas na mesa-redonda “Políticas Públicas e Desenvolvimento Local: retóricas e ações”, mediada pelo professor mestre Sandro Leão, com a participação da professora doutora Raimunda Monteiro (ICS/UFOPA) e do professor doutor José Carlos Pereira (Pós-Doutorando PPGAS/Museu Nacional/UFRJ). “Hoje, o que há são demandas setoriais com ênfase nas atividades mineral e de energia. Isso contribui para a invisibilidade de outros setores que também poderiam receber investimentos”, explica Raimunda Monteiro.
Para Antônio Cajado, aluno do 5º semestre do curso de Economia, o evento supriu a necessidade de diálogo para o desenvolvimento de novas perspectivas para a região. “Hoje é uma necessidade para a região, rica em recursos naturais, em potencial hidrelétrico e também humano, desenvolver novas perspectiva de desenvolvimento local. Para que isso possa acontecer, são necessários debates como esse, que promovam um relacionamento mais próximo entre as esferas do poder público municipal, estadual e federal”, acredita.
Talita Baena – Comunicação/UFOPA
17/6/2013