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Dispersão de pólen é tema de palestra na UFOPA

Dispersão de pólen é tema de palestra na UFOPA

A tese de Marina Côrtes foi defendida na Universidade de Colúmbia, Nova Iorque

Processos ecológicos, como a polinização e dispersão de sementes em uma paisagem fragmentada na Amazônia, foram tema de palestra ministrada pela pesquisadora Marina Côrtes, doutora em ecologia pela Universidade de Colúmbia, em Nova Iorque, EUA. Os dados que fazem parte da tese de Marina Côrtes foram apresentados aos docentes, discentes de graduação e do Programa de Pós-graduação em Recursos Naturais na Amazônia (PPGRNA), nesta quarta-feira, 27, no Campus Tapajós da UFOPA.

A incidência da planta Heliconia acuminata, típica do ecossistema amazônico, foi observada pela pesquisadora na cidade de Manaus. “Na pesquisa com as plantas tropicais da cidade de Manaus, usamos marcadores genéticos de microssatélites; com eles, foi possível identificar a paternidade das plantas e entender seus processos de ecológicos e de dispersão de semente”, conta Marina Côrtes.

Ainda de acordo com a pesquisadora, a partir do estudo foi possível compreender que os processos ecológicos variam, uma vez que o homem chega e modifica o meio ambiente. “Com os dados genéticos, nós conseguimos contar uma história mais completa e a gente espera que, entendendo como esses sistemas respondem aos impactos humanos de fragmentação florestal, a gente consiga entender e predizer o que vai acontecer com outras populações e isso pode ajudar no manejo e estratégias de conservação de populações naturais”, explica.

Para o vice-coordenador do PPGRNA, Rodrigo Fadini, conhecer os processos ecológicos estudados pela pesquisadora é uma oportunidade, não só de conhecer as especificidades do estudo, mas também de saber que os estudos desenvolvidos aqui na Amazônia podem ser interessantes para universidades internacionais. “A palestra foi importante para mostrar que pesquisas publicadas no mundo inteiro são feitas aqui no Brasil. Além disso, o trabalho da pesquisadora mostra como uma ferramenta genética pode ser utilizada para responder a questões de conservação da natureza”, conclui.

Talita Baena – Comunicação/UFOPA

27/3/2013