IEG promove excursão geológica à serra da Piraoca, em Alter do Chão
Um grupo formado por 33 pessoas integrou a excursão geológica à serra da Piraoca, em Alter do Chão, promovida pelo Instituto de Engenharia e Geociências (IEG) da UFOPA, por meio do projeto “Roteiros Santarenos: Geologia, História e Turismo”.
“A excursão Formações de Alter do Chão tem como objetivo compartilhar conhecimentos sobre a origem e evolução da paisagem e sua relação com aspectos históricos e culturais da Vila”, informou a coordenadora do projeto, Profa. Deize Carneiro (IEG), ao grupo, pouco antes da partida.
Estudantes do Programa de Ciências da Terra (IEG), do Instituto de Ciências da Sociedade (ICS) e professores saíram de Santarém por volta das 8h da manhã em direção à vila. A primeira parada foi a Praça 7 de Setembro; guiados por Raiza Aquino, bolsista do Programa de Ciências da Terra, e pelos professores Bernhard Perigovich e Jackson Rêgo, o grupo conheceu aspectos da história, da cultura e do turismo no ilha.
Com uma população de cerca de 6 mil pessoas, a vila surgiu da missão jesuítica de Nossa Senhora da Purificação, recebendo seu nome atual em 6 de março de 1758. O segundo geoponto da excursão foi a trilha que dá acesso à serra, cuja vegetação é formada por savanas, floresta tropical e capoeiras. Antes de encarar os 40 minutos da caminhada, os participantes fizeram uma breve sessão de alongamento, orientados por um soldado do corpo de bombeiros. O terceiro geoponto foi a base da serra, patrimônio natural e cultural. A serra é uma colina de topo arredondado, localizada na área de proteção ambiental. No topo da serra foi fixado um cruzeiro, pelos jesuítas.
O quinto geoponto da excursão é o topo da serra. Depois de cumprir 40 minutos de uma subida íngreme, a vista lá de cima: “Encantadora”. Além, da bela vista, o grupo recebeu do Prof. Bernhard Perigovich explicações sobre a geologia e a evolução da paisagem. O solo é formado por conjuntos de rochas e de minerais, constituído “por um espesso pacote de arenitos intercalados com camadas de pelitose, em menor escala de conglomerados. Uma formação sedimentar de idade cretácea superior terciária”.
O estudante Paulo Botelho (ICS) veio do interior de São Paulo para estudar Ciências Sociais em Santarém; para ele valeu a pena participar da excursão. “No meu curso temos disciplina de Arqueologia, e entender o papel do geólogo e as questões ligadas a essa área vai ajudar muito na minha formação”.
A última parada do grupo foi na Ilha do Amor, o local preferido de moradores e turistas para a prática do lazer e passeios turísticos. Um convite ao mergulho nas águas claras do rio Tapajós para aliviar o calor, depois da descida da serra.
A próxima atividade do Projeto Roteiros Santarenos será a excursão científica “Patrimônio Histórico e Arquitetônico de Santarém”, no dia 27 de março, que vai percorrer as principais ruas do centro da cidade, durante a qual os participantes terão oportunidade de conhecer a identidade histórica e cultural de Santarém por meio da arquitetura. O roteiro inclui o local de desembarque do padre João Felipe Bettendorf, em 22 de junho de 1661, e o centro Cultural João Fona, que abriga objetos e documentos que contam a história da cidade.
No dia 28 de março, uma excursão dentro do campus Tapajós da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) vai lançar um olhar sobre a Universidade e os aspectos geológicos e geomorfológicos do local onde está instalado um dos maiores campus da UFOPA. A programação integra a Semana Acadêmica do IEG, destinada aos alunos do instituto.
Lenne Santos – Comunicação/UFOPA
8/3/2013
A caminhada de 20 minutos até o topo exige cuidado e atenção.