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II SEPECIM debate o ensino de ciências e matemática na educação básica

Com o objetivo de fomentar as discussões sobre os desafios a serem superados no ensino de ciências e matemática e promover a integração entre licenciados, professores da educação e básica e professores universitários, foi realizado no último dia 23 de março (sábado) o II Seminário de Práticas no Ensino de Ciências e Matemática da UFOPA (SEPECIM). Com o tema “Possibilidades e desafios para o Ensino de Ciências e Matemática na educação Básica", o seminário reuniu, no Auditório Wilson Fonseca, Campus Rondon da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), 130 professores, que participaram de palestras e oficinas sobre o tema.

A conferência de abertura, cujo tema abordou os desafios e possibilidades no ensino de ciências e da matemática,  foi proferida pelo Prof. Licurgo Brito (UFPA), que apresentou dados sobre o último censo da Secretaria de Educação do Estado do Pará (SEDUC/PA) sobre o ensino da Ciência e da Matemática no estado. Os dados são preocupantes, alertou Brito. Segundo ele, o quadro é crítico, no que se refere à formação de professores. “A maioria dos professores que lecionam essas disciplinas no ensino médio e fundamental não são formados na área, pertencem a pelo menos nove graduações como pedagogia, artes, por exemplo”. Outro dado preocupante é o de que 53% dos professores do ensino fundamental possuem apenas formação no ensino médio, contra 46% que tem algum tipo de graduação.

Entre as possibilidades para melhorar o quadro da formação de professores no Pará, ele citou programas governamentais e a política de editais que destinam recursos a iniciativas inovadoras de escolas de ensino fundamental e médio. “O programa Ensino Médio Inovador destina recursos, sem muita burocracia, a projetos bem estruturados que apresentem alternativas metodológicas de melhoria na qualidade do ensino”.

Brito lembrou também que o Pacto Pela Educação no Pará, lançado nesta terça-feira, 26, pelo Governo do Estado, pode ser uma alternativa para melhorar a educação e consequentemente a qualificação dos professores, principalmente da educação básica. “Há ainda professores que tem apenas a formação do ensino médio atuando em salas de aula no Pará”, alertou, citando o exemplo da Finlândia, onde os professores para atuar nas séries iniciais devem ter no mínimo o mestrado. "É nesse país onde hoje se registram os melhores índices educacionais em todos os níveis”.

O II SEPECIM é realizado pelo Instituto de Ciências da Educação (ICED) e Centro Pedagógico de Apoio ao Desenvolvimento Científico (CPADC) da UFOPA, coordenado pelo Prof. Everaldo do Carmo. “A ideia é desmistificar o ensino/aprendizagem da química, da física, da matemática e até da biologia, que muitos acreditam ser complicada. A área das ciências nos dá uma possibilidade de leitura objetiva da realidade”, afirma o professor.

Show da Química diverte participantes do II SEPECIM

Alunos do curso de Licenciatura Integrada em Química e Biologia (UFOPA/ICED2011) apresentaram o “Show da Química”, com encenações que demonstram reações químicas. O espetáculo é formado por sete peças, das quais apenas duas foram apresentadas durante a programação do II SEPECIM: "Tonico e a Velha Bruxa" e "Acabou o gás". Logo após o espetáculo, os alunos explicam a teoria por trás das encenações.

Samir Navarro, de 8 anos, que acompanhou a mãe, foi um dos que mais se divertiu. “Eu entendi”, afirma ele, com a timidez típica da idade. Rogério Sousa (aluno-ator) explica que as experimentações encenadas foram utilizadas com alunos de escolas públicas. “Essa é uma forma dinâmica de os alunos aprenderem os conteúdos repassados pelos professores. Os alunos gostam muito das quimiomúsicas”. O projeto Show de Química é resultado das pesquisas feitas por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PBID/CAPES/UFOPA).

Lenne Santos – Comunicação/UFOPA

26/3/2013