Pesquisadores discutem os rumos da pós-graduação em ciências biológicas no país
No segundo dia da 1ª Reunião Amazônica de Integração em Biociências, que acontece no Campus da UFOPA em Oriximiná, o panorama da pós-graduação em ciências biológicas no Brasil e os aspectos políticos de incentivo à produção científica foram amplamente discutidos na mesa-redonda cujo tema foi “A formação progressiva do pesquisador do futuro: do fundamental ao doutorado". Participaram a coordenadora da Área de Ciências Biológicas II da Capes, Leda Quercia Vieira; Benedito Honório Machado, presidente da Sociedade Brasileira de Fisiologia; e o coordenador do recém-criado Programa de Biociências da UFOPA, Prof. Dr. Domingos Diniz.
Mediada pelo Prof. Dr. Cláudio Guedes Salgado, coordenador adjunto da Área de Ciências Biológicas II da Capes, a mesa-redonda foi iniciada pela exposição do Prof. Dr. Domingos Diniz que apresentou a produtividade dos alunos PIBIC Júnior, participantes da experiência do Programa de Ação Interdisciplinar (PAI), e também a estratégia de inseri-lo no mestrado de Biociências da UFOPA. Já "Os desafios dos novos pesquisadores em fisiologia" foi o assunto da exposição do Prof. Dr. Benedito Honório Machado. “A pós-graduação é o motor das transformações para que o Brasil dê um salto qualitativo, mas não podemos nos pautar apenas pelos critérios da Capes, pois devemos atuar nas fronteiras do conhecimento tendo em vista o cenário global das pesquisas em fisiologia”, ressalta Benedito Machado.
Na avaliação de Leda Vieira, que também abordou os números e os critérios da Capes para a Área de Ciências Biológicas II, a oportunidade de discutir as perspectivas deste âmbito de pesquisa foi fundamental para os pesquisadores da região. “Acho que devemos sempre pensar que a política é feita pelas pessoas que um dia estiveram em um programa de pós-graduação, mesmo ainda em fase de implantação; então, se a sociedade científica não se manifestar sobre os rumos que ela acha que as coisas devem correr, ficam as pessoas que estão no poder fazendo o que acham. Então normalmente as sociedades científicas e as universidades têm que se manifestar sobre o que elas acham que está acontecendo. E isso é feito através da manifestação nas sociedades científicas, através das pró-reitorias de pós-graduação, mas a discussão nasce nos programas de pós-graduação; acho que a discussão foi interessante, porque observo que os pesquisadores da região estão pensando coisas interessantes e eu, enquanto coordenadora de área, devo pensar isso para todo o país”, considera Leda Vieira.
À tarde, a programação da 1ª Reunião Amazônica de Integração em Biociência prossegue, ocorrendo a apresentação dos pôsteres e dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos de PIBIC Junior.
Talita Baena – Comunicação/UFOPA
15/3/2013