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Sustentabilidade da floresta é tema do segundo dia do Simpósio Brasil-Alemanha

Sustentabilidade da floresta é tema do segundo dia do Simpósio Brasil-Alemanha

Moriz Vohrer falou sobre crédito de carbono na Alemanha

"Sustentabilidade na área florestal" foi o tema da primeira sessão de trabalhos do Simpósio Brasil-Alemanha nesta segunda-feira, dia 30. Simone Schwanitz, diretora do Ministério para Ciência, Pesquisa e Arte do Estado de Baden Würtemberg, Alemanha, abriu os trabalhos da sessão, mediada pelo Prof. Dr. João Ricardo Vasconcelos Gama, diretor do Instituto de Biodiversidade e Florestas (IBEF) da UFOPA.

Este ano a engenharia florestal completa 300 anos, e a primeira sessão teve como foco as experiências do manejo florestal vivenciadas na Alemanha e no Brasil, mais especificamente na região do Oeste do Pará. “Na primeira palestra, Artur Petkau abordou os 300 anos da engenharia florestal e neste contexto relacionamos as cadeias de produtos madeireiros e não-madeireiros em manejos realizados tanto no Brasil como na Alemanha”, explica o diretor do IBEF.

No caso do Brasil, o manejo que ocorre na Floresta Nacional do Tapajós (Flona Tapajós), onde a Coomflona executa o projeto Amber há oito anos, foi mostrado como atividade de manejo praticada na região, juntamente com a cadeia produtiva de alguns produtos não-madeireiros, o que também ocorre nas comunidades envolvidas na Coomflona Tapajós.

Já por parte da Alemanha, um dos temas mais atuais no âmbito da engenharia florestal, a venda de crédito de carbono, foi também discutida na sessão. Moriz Vohrer exibiu as atividades da "The Gold Standard" e destacou algumas diretrizes dessa fundação alemã e adotadas em países como a Austrália.

Medicilândia

A experiência sustentável da atividade de manejo florestal comunitário do município paraense de Medicilândia foi abordada por Max Steinbrenner. De acordo com o pesquisador, o município, em comparação com outros municípios circunvizinhos, apresentou fatores que aparentemente favorecem a estabilidade da atividade de manejo e também o ecossistema. “Medicilância apresenta quatro fatores favoráveis, que são: o recurso adequado para o pequeno produtor, solo fértil ou no tamanho adequado para a produção; acesso aos serviços públicos como saúde, escolas, créditos etc.; acesso ao mercado, o fato de estar próximo à Transamazônica facilita o escoamento da produção do município; e, finalmente, a organização social – esta última característica é muito peculiar, pois o município apresenta um ambiente saudável, favorável para a organização social, com a existência de rádio comunitária, associação de mulheres”, explica Steinbrenner, destacando que a organização social fortalecida faz com que a comunidade local resista a pressões externas. “Quem não quer terra fértil na Amazônia?”, conclui.

Nesta terça-feira, "Recursos minerais", "Clima e energia renovável" e "Biodiversidade e ecologia" serão alguns dos temas discutidos no terceiro dia do 6º Simpósio Brasil-Alemanha de Desenvolvimento Sustentável, que prossegue até a próxima sexta-feira, dia 4.

Talita Baena – Comunicação/UFOPA

30/9/2013