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Pesquisadores da UFOPA analisam água da Lagoa Azul, em Santarém

Pesquisadores da UFOPA analisam água da Lagoa Azul, em Santarém

As análises ocorrem até sexta-feira, 25, no Laboratório de Biologia Ambiental da UFOPA.

A pedido da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) da Prefeitura de Santarém, pesquisadores da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) coletaram amostras da água do que está sendo conhecido como a “Lagoa Azul”, um tipo de açude localizado no bairro do Amparo, dentro de uma área particular, onde há vários pontos de exploração mineral, que podem ser vistos via imagens de satélite e também a caminho do local. A coleta do material ocorreu nesta segunda-feira, dia 21, por uma equipe formada por pesquisadores e técnicos do Laboratório de Biologia Ambiental da UFOPA.

Proceder à caracterização da água quantos aos seus parâmetros de qualidade microbiológicos e físico-químicos foi a meta dos pesquisadores, que analisaram alguns parâmetros no próprio local. “Nós analisamos aqui o oxigênio, a temperatura e o PH, porque é importante a aferição deles aqui no próprio local. No entanto, esses dados ainda não são suficientes para uma afirmação sobre a qualidade da água para a balneabilidade - conforme dispõe a resolução 274 do Conama, e nem quanto à resolução 357, também do Conama, que  dispõe sobre a qualidade das águas superficiais e os padrões de lançamento de efluentes. Outros parâmetros serão determinados em laboratório, e, a partir de todas as análises, poderemos inferir sobre a qualidade de forma geral. Porém, o que verificamos in loco, é que a temperatura, apesar da chuva, estava, sim, elevada. A quantidade de oxigênio é significativa. O PH é bastante alcalino, e provavelmente isso está relacionado aos minerais dissolvidos no fundo, o que dá esse aspecto mais claro a ela”, adiantou a bióloga Dra. Ynglea Goch, pesquisadora que também acompanhou a atividade.

Para o Prof. Dr. Reinaldo Peleja, coordenador do laboratório de pesquisa que acompanhou a coleta no local, a caracterização da água é fundamental; porém, entender a origem, a formação e os fenômenos que ocorrem na área também são importantes. “Na verdade, a cor verdadeira da água da lagoa não é azul, esta coloração aparente é decorrente de um fenômeno físico de absorção e dispersão da luz que ocorre na superfície de corpos d’água transparentes, potencializado pelo reflexo do fundo de argila branca da mesma. Toda essa água acumulada formou um açude, uma cava abandonada que está preenchida com o acúmulo da água de chuva”, explicou. Ainda de acordo com o pesquisador, a conclusão das análises deve ocorrer até sexta-feira, dia 25. O resultado da análise deverá ser entregue à Semma na segunda-feira, dia 28.

Talita Baena - Comunicação/UFOPA

22/7/2014