Socializando as geociências

Feira realizada na Escola Teresinha Rodrigues sensibiliza alunos para a geodiversidade

Os alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Terezinha de Jesus Rodrigues tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais da geodiversidade, durante a Feira de Geociências ocorrida nesta quarta-feira, 25.

Promovida pelo Programa de Ciências da Terra do Instituto de Engenharia e Geociências (IEG) da UFOPA, em parceria com a escola, a feira “foi mais uma ação de divulgação da ciência, no caso as geociências, por meio de três projetos do instituto: Roteiros Santarenos; o projeto Geocine; e a Mostra de Minerais e Rochas Itinerantes”, disse o diretor do instituto, Prof. Dr. Rodolfo Maduro Almeida, presente durante a abertura.

Na feira, além de amostras de 45 minerais e 20 rochas em exposição, também foi realizada uma exibição de filme sobre a atividade geológica, promovida pelo projeto Geocine. De acordo com a coordenadora do projeto, Prof. Dra. Fernanda Nascimento, o projeto Geocine tem como objetivo principal “levar a geociência a um nível de conhecimento que está fora da universidade, que é o ensino médio e fundamental, para aqueles que ainda não entraram na universidade para ter este nível de conhecimento, já que a geologia é uma ciência pouco conhecida do público em geral, apesar de sua importância em suprir, com matérias primas, toda a base de conforto tecnológico que nós temos hoje. O filme de hoje, produzido pela CPRM, que é o serviço geológico do Brasil, aborda o que é a geologia e o que é a profissão do geológo”, conta a coordenadora.

Desde 2011, a Escola Terezinha Rodrigues integra as ações do projeto Roteiros Santarenos, explica Deize Carneiro, uma das coordenadoras da ação de extensão da UFOPA. “A escola participa do projeto desde 2011, quando começamos a idealizar outros projetos. Já a ideia da feira surgiu dois anos depois, com o objetivo de fazer a extensão dos resultados produzidos no programa de Ciências da Terra, tanto para este quanto para outros projetos. Dessa forma, a Feira de Geociências é uma vitrine do que está sendo produzido pelo programa de Ciências da Terra e também contribui para a popularização dessa ciência”, explica.

Geodiversidade em poesia

Uma das alunas da escola, beneficiada com essa interação entre ensino superior e ensino médio, foi Naiane Kelem, 19 anos, ex-bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do Ensino Médio (PIBIC-EM), vinculado ao projeto Roteiros Santarenos. Durante o período da bolsa, Naiane desenvolveu o trabalho “Salvação e Juá em música e poesia”, que observou a transmissão de conhecimentos da geodiversidade local por meio da arte e da poesia regional. “A minha experiência com o projeto foi ótima, porque nós tivemos um conhecimento mais avançado sobre a cultura regional de Santarém. E por meio da arte, da música e da poesia de vários autores, a gente viu a preocupação deles em preservar a nossa cultura, o nosso meio ambiente através de suas composições musicais”, avalia.

Naiane, hoje voluntária do projeto, lembra que na elaboração desenvolveu levantamento bibliográfico durante 6 meses. “Nesse período nós conseguimos músicas e poesias que abordavam a Praia da Salvação e o Lago do Juá. Após, nós fizemos parcerias com a cantora Cristina Caetano, que fez uma música e também com o poeta Celso Braga do grupo Imbauba, que fez uma poesia especial para o projeto chamada Juá. E futuramente nós mostraremos as obras para as pessoas para que elas possam reconhecer a riqueza que a população tem tão perto dela”, conta .

Talita Baena – Comunicação/UFOPA

27/6/2014