Santarém recebe Ciclo da Economia Criativa com apoio da UFOPA nos dias 6 e 7 de novembro
A Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) apoia a realização, nos próximos dias 6 e 7 de novembro, do Ciclo Criativo - Diálogos e reflexões para o Desenvolvimento da Economia Criativa no Pará, que visa fomentar a discussão acerca do desenvolvimento da economia criativa no Pará. O evento será realizado em Santarém e em mais quatro cidades do Estado. As inscrições são gratuitas. As atividades do Ciclo serão realizadas na Associação Comercial e Empresarial de Santarém (ACES), localizada na Praça da Bandeira, 565, Centro.
O evento vai promover palestras, mostras e ações formativas nas diferentes mesorregiões do Pará, com a participação de gestores públicos e privados, instituições de ensino e universidades, e integrantes da sociedade civil, que juntos irão dialogar e entender o empreendedorismo criativo. A intenção é nortear o desenvolvimento da economia criativa paraense. O público-alvo é formado por empreendedores de todos os segmentos da economia criativa, como artistas, produtores culturais, gestores públicos e privados, acadêmicos, integrantes da sociedade civil e estudantes.
O evento é realizado pela Incubadora Pará Criativo, Instituto de Artes do Pará (IAP), Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), Regional Norte do Ministério da Cultura (RRN/MinC) e conta com o apoio do Sebrae e da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal do Pará (FAV/UFPA) e da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).
Santarém será a primeira cidade a receber as palestras do Ciclo de Economia Criativa. Cada ciclo contará com atividades, dentre elas, palestras, mesas e atrações culturais, além de relatorias para registrar as demandas e especificidades do local. Ao final, as instituições irão reunir o material e desenvolver um documento com diretrizes para o desenvolvimento da Economia Criativa do Pará.
Calendário - Santarém é a primeira cidade a receber o Ciclo Criativo, nos próximos dias 6 e 7, seguida por Cachoeira do Arari (14), Marabá (22), Bragança (27) e Belém, nos dias 4 e 5 de dezembro. Para participar, os interessados podem realizar inscrição na página http://migre.me/mn88r ou localmente, nos endereços especificados. Todas as atividades são gratuitas.
Sobre economia criativa – O conceito de economia criativa surgiu na Austrália, nos anos 1990, mas foi em 2001, na Inglaterra, que o assunto foi popularizado. Em seu livro The Creative Economy: How People Make Money From Ideas (edição brasileira: Economia Criativa - Como Ganhar Dinheiro Com Ideias Criativas - Master Books, 2012), o inglês John Howkins cunhou o termo pela primeira vez e definiu alguns pilares da nova economia. No Brasil, o setor foi oficialmente introduzido com a Secretaria da Economia Criativa, criada em 2011 no Ministério da Cultura.
De maneira prática, a economia criativa compreende a gestão da criatividade para gerar riquezas culturais, sociais e econômicas. Abrange os ciclos de criação, produção, distribuição/difusão e consumo/fruição de bens e serviços que usam a criatividade, a inovação, a cultura e o capital intelectual como insumos primários. Por segmentos criativos, entendem-se: patrimônio material, patrimônio imaterial, arquivos, museus, artesanato, cultura popular, cultura indígena, cultura afro-brasileira, cultura alimentar, arte visual, arte digital, teatro, dança, música, circo, cinema e vídeo, publicações, mídias impressas e virtuais, moda, design e arquitetura.
Constituída predominantemente por pequenas e médias empresas, o tamanho da economia criativa, no Brasil, ainda é difícil de ser mensurado. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que os setores criativos movimentaram, em 2010, R$ 104,37 bilhões, o que corresponde a 2,84% do PIB (Produto Interno Bruto). O setor vem crescendo a uma taxa média de 6,3% nos últimos cinco anos, mais do que a média de crescimento do próprio PIB, de 4,3%.
Serviço:
Ciclo Criativo – Diálogos, reflexões e desenvolvimento para a economia criativa no Pará – 6 e 7/11, em Santarém
As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas na página http://migre.me/mn88r ou nos endereços abaixo especificados.
Santarém:
- UFOPA - Agência de Inovação Tecnológica (AIT): Câmpus Amazônia, sala 222 - Av. Mendonça Furtado, 2946 – Fátima
- Associação Comercial de Santarém - Praça da Bandeira, 565 – Centro, (93) 3523-5633
Mais informações: (91) 4006-2930, fb.com/ciclocriativopa ou www.paracriativo.pa.gov.br.
Confira abaixo a programação - CICLO CRIATIVO (Santarém)
6/11 – Mostra Pará + Exibição do longa Amazônia dos Encantados
Local: UFOPA – Campus Amazônia Boulevard. Av. Mendonça Furtado, 2946
15h às 19h
NO MOVIMENTO DA FÉ, Curta-ficção de Fernando Segtowick (18')
Sinopse: Segundo domingo de outubro, a procissão em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré reúne mais de dois milhões de pessoas nas ruas de Belém do Pará. Entre milhares de voluntários, estão três homens: um Guarda de Nazaré, um Soldado do exército e um integrante da Cruz Vermelha. Com muito sacrifício, fé e dedicação, eles se preparam para realizar a maior festa religiosa do mundo.
O CUSTO DO PROGRESSO, Curta-experimental de Carlos Alessander (5’18”)
Sinopse: Uma reflexão sobre nosso papel na sociedade em meio a exploração da fauna e da flora amazônica. Com uma linguagem poética, a idéia se desenvolve em um único plano.
MOLHO NEGRO, Documentário de Vladimir Cunha (4’24”)
Sinopse: Durante a semana de realização do 9º Festival Se Rasgum, também foi organizada uma semana profissionalizante voltada à capacitação de profissionais que já atuam ou estão relacionados de alguma forma com o cenário musical paraense. "Só Mais Uma Banda Paraense", foi resultado da oficina de documentário musical ministrada pelo Vladimir Cunha, que contou com o apoio do Núcleo de Produção Digital do IAP. Além do minidoc, a oficina deu origem a um videoclipe com a versão acústica de Concurso, música que faz parte do segundo álbum da banda Molho Negro.
VITRINE SONORA, Documentário de Heitor Costa, Rodrigo Sardo e Ricardo Santos Leão (39’03”)
Sinopse: A produção independente vem crescendo em todas as localidades do Brasil, porém, ainda há algumas barreiras e impedimentos que não proporcionam a maior veiculação desses acontecimentos culturais. As regiões que são mais afastadas do chamado centro cultural, que falando em Brasil seriam as regiões sul e sudeste, acabam sofrendo mais ainda com a falta de recursos, que muitas vezes acabam desmotivando potenciais atores para movimentarem este tipo de cena.
Levando em consideração alguns dos percalços que essas produções enfrentam ao longo de suas caminhadas, como elas se portam com o avanço tecnológico? Como elas administram seus espaços, seu público? Todas as questões que estão nos seus bastidores têm um forte apelo de estudo, pois, quando o evento, seja um show ou outro formato de exibição cultural chega ao grande público, é porque já houve suor por trás de tudo.
Assim, o Documentário Vitrine Sonora vem mostrar, num âmbito geral, as consequências, os valores e as expressões que este modelo de produção, dito independente, promove e proporciona para a cultura.
RIBEIRINHOS DO ASFALTO, Ficção de Jorane Castro (26’)
Sinopse: Sinopse: Daisy, garota que mora na Ilha do Combu, desejosa de estudar na cidade grande (Belém). O pai se opõe. Mas a mãe acompanha a menina numa viagem de barco à capital do Estado.
MESTRE DAMASCENO - O RESPLENDOR DA RESISTÊNCIA MARAJOARA, Documentário de Guto Nunes (31’12”)
Sinopse: Descendente direto de escravos e índios, sua trajetória de vida é marcada pela superação e dedicação à cultura marajoara.
SALVATERRA, TERRA DE NEGRO, Documentário de Priscila Brasil (48’28”)
Sinopse: O dia a dia das comunidades, os conflitos de terra, a expectativa da demarcação, as ameaças dos fazendeiros e a luta para manter a cultura viva de uma forma poética neste documentário. Um registro de 12 comunidades tradicionais amazônicas no século XXI.
AMAZÔNIA DOS ENCANTADOS, Ficção de Haroldo Barros (150’)
Sinopse: Longa-Metragem com enredo ambientado na fase republicana da Belle-Epoque: retrata uma comunidade amazônica (Bello-Rio/Paquetá) no ano de 1899; localidade entrelaçada em sincretismos e misticismos como a “lenda do Boto” e a proximidade do “fim do Mundo”. Seu enredo gira em torno de grande mistério envolvendo o Encantado do Bello-Rio e vêm à tona quando dona Francisca de Alcântara e Silva retorna para a Amazônia após 25 anos vivendo na Europa/França/Paris em companhia de Josefine. Aqui ela reencontra Júlia, Álvaro, Etelvina e a lembrança de Crescência. Conhece Gimico, Sororoca e Garnizé, além de jovens como Lydio, Clara, Henrique, Celina, Basílio e Safira com destinos entrelaçados pela 12ª Lua Cheia de 1899. Trama audiovisual de ficção e suspense.
Sobre o Mostra Pará
A Mostra Pará de Audiovisual começou seu catálogo em 2011 com a intenção de mapear as produções de cinema e vídeo do Estado. Dentre os 295 títulos que compõe as Mostras Pará e Parazinho, são encontradas produções das cidades de Santarém, Santarém Novo, Canaã dos Carajás, Castanhal, Vigia, Marabá, Chaves, Bragança, Anajás, Santa Isabel, Parauapebas, Capanema, Marapanim, Gurupá, Ponta de Pedras, Monte Alegre, Salvaterra, Cachoeira do Arari, Óbidos e Mosqueiro.
Em dois anos a Mostra Pará de Audiovisual já circulou por mais de 100 cidades do território paraense, sendo exibida para mais de 10 mil espectadores, promovendo o intercambio entre filmes, artistas e principalmente a interação com o público de cada localidade onde a Mostra é apresentada, sempre gratuitamente.
Documentários, ficções, animações, curtas e longas-metragens estão no acervo da Mostra Pará de Audiovisual que hoje possui mais de 200 títulos paraenses circulando por todo o estado.
Observação: O longa-metragem Amazônia dos Encantados não integra o acervo do Mostra Pará.
7/11 – Ciclo Criativo Santarém
Local: ACES – Praça da Bandeira, 565 – Centro. (93) 3523-5633
Manhã
8h - 8h40 Credenciamento
8h40 – 9h20 Mesa de Abertura
9h20 – 10h20 Palestra Soft Power – A força do empreendedor criativo na Amazônia, com Elielton Amador
10h20 – 10h40 Intervalo
10h40 – 11h40 Economia Criativa / Sistema Nacional de Cultura
11h40 – 12h20 Palestra Onde estão os recursos?, com Gláfira Lobo
12 h 20 Almoço
Tarde
14h – 15 h Mesa Tapajós - Relatos de experiências em cultura e economia criativa
15h – 16h30 Grupos de diálogos
16h30 – 17h – Intervalo
17h – 17h45 - Resultados dos grupos de diálogos
18h – Atrações culturais / Encerramento
Comunicação/UFOPA, com informações do Pará Criativo
31/10/2014