Dia Nacional de Libras é lembrado com ação de conscientização na orla de Santarém
No último dia 24, a Lei nº 10.436/2002, que institui a Língua Brasileira de Sinais (Libras), completou 13 anos. Para comemorar, o Núcleo de Acessibilidade da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), que agrega o Grupo de Pesquisa em Educação Especial e Processos Inclusivos (GPEEPI) e o Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação de Surdos (Gepes), realizou uma ação na orla de Santarém. Com cartazes, panfletos informativos e muito bom humor, ouvintes e surdos paravam os carros para chamar atenção para esta causa especial.
A Libras é uma língua gestual utilizada por deficientes auditivos. Os movimentos feitos com as mãos, expressões faciais e corporais apresentam variações linguísticas de acordo com cada região, assim como o português. Além do alfabeto, a Libras também é composta por sinais, que transmitem determinadas ideias, como as palavras que utilizamos.
Mais do que estimular o uso e o aprendizado de Libras, o objetivo da ação é valorizar as diferenças culturais e apoiar a educação inclusiva de qualidade. “Junto com a comunidade surda, a gente começa a organizar um movimento para poder conscientizar a população que essa língua hoje é uma realidade social e que está dentro, inclusive, da Universidade”, explica a presidente do Núcleo e coordenadora do GPEEPI, Daiane Pinheiro. Atualmente, 40 alunos com necessidades auditivas, visuais, físicas, dentre outras, fazem parte da instituição.
Educação Especial - Criado em 2014, o Núcleo é financiado pelo projeto Incluir do Governo Federal e busca promover a acessibilidade arquitetônica na Universidade, além da formação continuada em Educação Especial. A professora afirma que esta é uma necessidade não só da própria instituição, mas da região: “Nós temos um problema muito sério que é a carência absurda de profissionais em educação especial na região […]. A ideia é que a gente possa chamar a atenção tanto da comunidade acadêmica quanto da comunidade em geral para que eles possam seguir nessa formação”.
Qualquer licenciado pode seguir na área, bastando realizar uma pós-graduação ou curso de capacitação. “Queremos promover o conhecimento sobre a educação especial. Se não, a educação inclusiva nunca vai funcionar”, conclui Pinheiro.
Luena Barros - Comunicação/Ufopa
27/4/2015