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Docentes apresentam projeto de manejo de mandioca a agricultores

Docentes apresentam projeto de manejo de mandioca a agricultores

Prof. Carlos Vildoso apresenta o projeto. Foto: Maria Lúcia Morais.

Professores da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) apresentaram a agricultores da comunidade de Boa Esperança, situada na rodovia Curuá-Una, as principais diretrizes de projeto de manejo sustentável, recentemente aprovado pelo Banco da Amazônia (Basa), destinado a plantios de mandioca em áreas afetadas pela podridão de raízes, doença causada por fungos, também conhecida como fusariose. O encontro aconteceu no dia 14 de maio de 2015, na sede da Cooperativa dos Produtores da Agricultura Familiar de Boa Esperança (Coopboa), entidade parceira do projeto.

Coordenado pela professora Maria Lita Padinha Corrêa, o projeto “Manejo Sustentável de Mandioca em Áreas com Podridão de Raízes para a região do Oeste do Pará” tem por objetivos caracterizar as técnicas de cultivo da mandioca em comunidades localizadas na rodovia Curuá-Una e avaliar os sistemas produtivos em áreas com histórico de podridão de raízes, doença causada pelo fungo Fusarium solani, que está afetando os roçados de mandioca da região. A pesquisa, que inicialmente será realizada em Boa Esperança, uma das maiores produtoras de mandioca de Santarém, contará com a participação de vários professores do Instituto de Biodiversidade e Florestas (Ibef) e receberá apoio financeiro do Basa.

O projeto foi apresentado pelo professor Carlos Ivan Aguilar Vildoso, especialista em genética e fitopatologia, que, desde o ano passado, vem pesquisando as áreas de plantio afetadas pela doença em Boa Esperança. Também participaram do encontro as professoras Iolanda Maria Soares Reis, que trabalha com nutrição de plantas, e Eliandra de Freitas Sía, especialista em nodulação de leguminosas, que integram a equipe do projeto. “A perspectiva é muito boa, porque os produtores vão se engajar para nos ajudar e também o projeto contará com mais professores da Ufopa. Temos essa perspectiva de começar a agregar mais professores, em diferentes especialidades, para consolidar um grupo forte e multidisciplinar”, afirma Carlos Vildoso.

Segundo o professor da Ufopa, a iniciativa contará ainda com o apoio da Embrapa, Emater e da Secretaria Municipal de Agricultura e Incentivo à Produção Familiar, por meio da Coordenação de Incentivo à Produção Familiar (CPROF). “Estamos fazendo o maior número de convênios para poder viabilizar isso, e os resultados que obtivermos aqui não serão exclusivos só para a comunidade de Boa Esperança, mas poderão ser extrapolados para outras regiões, tanto de Santarém quanto de outros municípios do Oeste do Pará e da região Amazônica”, explica.

Além da caracterização dos aspectos socioeconômicos da produção de mandioca em comunidades localizadas na rodovia Curuá-Una, o projeto promoverá estudos visando a avaliar o desempenho de variedades locais submetidas a diferentes manejos e de novas variedades de mandiocas resistentes a doenças, principalmente a podridão de raízes, que provoca grandes perdas da produtividade.

É um projeto muito interessante, de grande valia para a nossa cooperativa e para os produtores da agricultura familiar, porque ficaremos conhecendo o material que temos, como trabalhar nele, e será através desse trabalho que veremos como será o nosso futuro”, afirma a presidente da Coopboa, Eugênia Ribeiro da Silva, que é enfática ao afirmar que o cultivo da mandioca representa o sustento da comunidade. “Quem mantém esse lugar vivo é a agricultura familiar e o seu principal produto é a mandioca”.

Maria Lúcia Morais - Comunicação/Ufopa

18/5/2015

Comunitários presentes à apresentação do projeto. Foto: Maria Lúcia Morais.