Ufopa sedia encontro Andifes de assessorias de comunicação das universidades federais
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) promoveu nos dias 24 e 25 de setembro, na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), situada em Santarém (PA), o 9º Encontro de Assessorias de Comunicação das Universidades Federais. Realizado pela primeira vez fora de Brasília (DF), o evento proporcionou a troca de experiências entre os profissionais de comunicação das universidades federais, além do debate de temas como a divulgação científica, o gerenciamento de crises, a implantação de universidades interiorizadas, entre outros.
“Estamos iniciando hoje o melhor encontro de comunicação já realizado pela Andifes, pois conseguimos vencer as dificuldades para estar em Santarém com um grupo que supera as expectativas de todos os outros encontros realizados em Brasília”, afirmou a assessora de Políticas Públicas da Andifes, Iara Malta, durante a abertura do evento. “Foi bendita a escolha de Santarém e desta universidade por representar o momento que as universidades federais passam de expansão, ocorrido nos últimos dez anos, e de interiorização, fruto do investimento no ensino público federal que ocorreu após um longo período de dormência”.
Já a reitora da Ufopa, Raimunda Monteiro, destacou a importância dos jornalistas na difusão do trabalho realizado pelas universidades públicas. “A iniciativa da Andifes de pautar, de forma reflexiva, a questão de como as nossas universidades devem se comunicar de forma melhor também conflui para o fortalecimento das instituições federais de ensino superior no Brasil”, afirmou a reitora durante o evento.
A presidente do Fórum de Reitores das Universidades Federais da Região Norte, Eliane Superte, da Universidade Federal do Amapá, também participou da abertura do encontro, quando reafirmou o papel da comunicação para a eficiente execução dos processos, acadêmicos e administrativos, desenvolvidos dentro das universidades. “O principal objetivo das universidades públicas é atender as demandas sociais na área da educação e nós não vamos conseguir atender isso com a qualidade necessária se não tivermos uma boa comunicação instituída dentro das nossas universidades, além de uma política de comunicação claramente estabelecida”.
Programação - Um dos destaques do primeiro dia do encontro, o coordenador de Comunicação em Ciência e Tecnologia da Embrapa, Jorge Duarte, falou sobre comunicação e gerenciamento de crise, um dos aspectos mais estressantes da rotina das assessorias de imprensa. “Fazer comunicação é lidar constantemente com situações de crise. Por isso a comunicação deve estar preparada para o gerenciamento de crise, visando, pelo menos, minimizar seus danos e tensões”, afirmou. Jorge Duarte ressaltou ainda que os profissionais de comunicação devem estar atentos para antever o surgimento de futuras crises. “A maior parte das crises podem ser antevistas”.
Outro destaque do encontro foi o diretor do Departamento de Popularização e Difusão da Ciência e Tecnologia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Douglas Falcão, que participou da mesa sobre divulgação científica. Ele apresentou os resultados da 4ª Pesquisa sobre a Percepção Pública da Ciência e Tecnologia no Brasil, realizada este ano pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), vinculado ao MCTI.
Segundo Douglas Falcão, uma das conclusões extraídas da pesquisa é que a população brasileira respeita, valoriza e tem interesse na ciência e na tecnologia. No entanto, apesar da visão otimista, os brasileiros têm uma postura crítica no que diz respeito aos aspectos éticos e políticos e ao controle social da C&T. “Embora a atitude dos brasileiros seja positiva em relação à C&T e o interesse por temas científicos tecnológicos seja alto, o acesso à informação é limitado e a desinformação ainda é grande”.
Maria Lúcia Morais - Comunicação/Ufopa
25/9/2015