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Semana da Consciência Negra discute racismo institucional

Semana da Consciência Negra discute racismo institucional

Foto: Talita Baena

Com a presença da Profa. Edileuza Penha de Souza, doutora em Educação pela Universidade de Brasília; do Prof. Luiz Fernando de França, do Instituto de Ciências da Educação (Iced); e do doutorando Anderson Lucas Pereira, discente do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional (UFRJ), começou ontem a Semana da Consciência Negra da Ufopa, com o tema “Manifestações do racismo e do antirracismo em um momento de retrocesso de direitos”.

Depois de uma mesa de abertura marcada pela reflexão da presença do corpo negro dentro dos espaços de poder e do saber da sociedade brasileira e também das formas de enfrentamento do racismo institucional dentro do universo acadêmico, a Profa. Edileuza resgatou o pensamento do pensador pós-colonial Franz Fanon: “Fanon dizia que o racismo quando não mata, enlouquece. E o que devemos fazer com nossos jovens negros que sofrem racismo institucional é ajudá-los a não enlouquecer. Devemos formar uma rede de proteção e de afeto", argumenta.

Promovido pela Pró-Reitoria de Gestão Estudantil (Proges) e pela Diretoria de Ações Afirmativas, em parceria com o Coletivo de Estudantes Quilombolas (CEQ) da Ufopa e o Movimento de Negros e Negras de Santarém, o evento visa a propiciar uma reflexão sobre o racismo em suas múltiplas vertentes, além das mais diversas formas de discriminação, prevenindo que sejam perpetrados dentro ou fora do ambiente acadêmico.

“Em agosto deste ano, começamos a planejar a Semana, com coletivos do movimento negro. Chegamos num consenso que o tema seria o racismo, levando em consideração eventos nacionais e internacionais sobre o tema, mas também destacando as atitudes antirracistas”, Paula Rabelo, uma das coordenadoras do evento.

Aberto ao público e à comunidade acadêmica, o evento contará com mesas-redondas, oficinas, minicursos e cinedebate, que abordarão temas como a titulação de terras quilombolas, a saúde da população negra, racismo institucional, entre outros.

Na terça-feira, dia 21, haverá duas mesas-redondas: "Saúde da população negra como forma de resistência", a partir das 8h30; e "Titulação de terras quilombolas e a violência no campo", a partir das 14h30. Às 19 horas haverá roda de conversa intitulada "A arte como instrumento de combate ao racismo".

Talita Baena – Comunicação/Ufopa

21/11/2017