Curso 2

Curso de Arqueologia

 

Trabalho de campo do curso de ArqueologiaA Amazônia apresenta processos singulares de inter-relações sociobiodiversas profundamente enraizadas na estruturação de suas paisagens e gentes. Entender esses processos históricos, socioambientais, na escala milenar de suas configurações é o papel fundamental da Arqueologia e do Arqueólogo na Amazônica. Contudo, apesar de ser um centro de interesse internacional para a pesquisa arqueológica, a formação e a fixação de profissionais em Arqueologia na Amazônia apresenta-se bastante debilitada, o que gera uma demanda para formação de profissionais de Arqueologia na escala regional. Alia-se a isso o acelerado processo de crescimento econômico da região feito sobre premissas muitas vezes inadequadas, pois, estão desligadas das inter-relações complexas e milenares entre paisagens e sociedades amazônicas.

Assim, a Arqueologia que aqui vem sendo pensada é entendida, sobretudo, como uma ferramenta crítica e propositiva para a construção de modelos de desenvolvimento mais adequados à Amazônia tendo por fundamentação a história cultural do Bioma. Por este viés, concebemos a Arqueologia dentro de um contexto em que seus papéis social, econômico e político podem ser visualizados na atualidade a partir do estudo das relações entre os grupos humanos, e entre estes e o meio ambiente, ao longo de uma história socioambiental de longa duração. Tal processo caracteriza-se como uma construção interdisciplinar, por excelência, de amplo espectro em que elementos de Antropologia, Geologia, História, Biologia e Ecologia se amalgamam a um corpus próprio de teorias, métodos e práticas da pesquisa arqueológica. Portanto, não se trata do estudo do passado, pura e simplesmente, mas de apontar possibilidades de efetivação desses conhecimentos no presente, um exercício de transporte e tradução interdisciplinar, entre o passado e o presente, entre o científico-acadêmico e o tradicional-popular.

Desta forma, o curso visa fornecer uma formação teórica de amplo espectro, tratando desde temas como processo de hominização e Pré-história geral, passando por povoamento humano das Américas, História indígena pré-colonial, Etnohistória e Etnologia amazônica, História e Teoria do Pensamento Arqueológico até abordar a profissionalização da arqueologia, mercado de trabalho, o papel do arqueólogo na sociedade contemporânea, etc. Desde um ponto de vista metodológico e prático, estão previstas diversas disciplinas envolvendo atividades de campo e laboratório a fim de instruir e familiarizar os discentes com essas importantes etapas da prática arqueológica. Neste aspecto, o contexto regional do Oeste do Pará é favorecido pela riqueza de seu patrimônio histórico e pré-colonial arqueológico, favorecendo o contato direto dos alunos com o objeto de estudo do arqueólogo e as atividades de campo do bacharelado. Os sítios arqueológicos ocorrem dentro dos campi universitários, na cidade de Santarém e no entorno próximo, em municípios vizinhos como Monte Alegre, Alenquer, Prainha, Belterra e Aveiro, caracterizando um rico registro arqueológico acessível aos discentes e docentes.

Em laboratório a análise do material cerâmico, mais abundante no registro arqueológico amazônico, dividirá espaço com análise de material lítico, também muito presente no contexto regional, ecofatos (e.g. vestígios botânicos e faunísticos) e outros vestígios culturais como a arte rupestre, frequente no município de Monte Alegre, também serão alvo de análises e estudos. Em suma, o Oeste do Pará é uma região arqueologicamente riquíssima e pouco conhecida, onde processos importantes do desenvolvimento humano na Amazônia ocorreram com implicações para todo o povoamento Sul Americano. A pesquisa arqueológica aqui é uma necessidade científica, histórica, cultural e desenvolvimentista. 

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Equipe técnica:

Claide de Paula Moraes
Coordenador do Curso de Arqueologia
Portaria 990/2014

Greyce Warleny
Assistente em Administração

Local/contato:

Campus Amazônia, 4º andar, sala 452.
Telefone: (93) 21016544