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Encontro promove a inclusão produtiva de artesãs Munduruku da Floresta Nacional do Tapajós

A inclusão produtiva de artesãs Munduruku foi o objetivo principal do 1º Encontro de Artesãs Munduruku da Flona do Tapajós, ocorrido no dia 7 de outubro, no município de Belterra (PA). Promovido pelo Laboratório de Estudos de Ecossistemas Amazônicos, vinculado ao Instituto de Biodiversidade e Florestas, da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), o encontro reuniu indígenas Mundurukus das comunidades de Bragança, Taquara e Marituba, localizadas na Floresta Nacional do Tapajós.

A ação teve por objetivo atualizar as artesãs Mundurucus em técnicas mais seguras e confortáveis de manuseio, perfuração e polimento de sementes, de fechamento de adornos (pulseiras e colares), de produção de embalagem e aplicação de selo e etiqueta nos produtos. Financiado pela Assessoria Especial de Gênero, Raça e Etnia (AEGRE), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), a iniciativa visa ao fortalecimento de organizações produtivas, através da socialização de técnicas já desenvolvidas por outras artesãs locais.

“Como atividade cultural deste povo, o artesanato Munduruku é também um importante componente na renda familiar de famílias indígenas na Bacia do Tapajós. Dessa forma, a capacitação de artesãs Munduruku em técnicas mais eficientes no processo produtivo do artesanato é uma estratégia de inclusão socioeconômica destes grupos”, explica a Profa. Patrícia Chaves de Oliveira, coordenadora da atividade, que contou também com a participação dos professores Juliana Mendes de Oliveira e Rommel Nocce, do IBEF.

“A partir desta atualização, esperamos que aspectos qualitativos e quantitativos sejam melhorados no processo produtivo feminino indígena”, explica Patrícia Chaves. “Queremos contribuir para que estas mulheres da Bacia do Tapajós, que ainda se encontram em luta por seus territórios, garantam seus modos de vida e de produção tradicional, porém com foco na melhoria da renda e desenvolvimento socioeconômico local”.

 

 

 

 

 

Maria Lúcia Morais – Comunicação/UFOPA
19/10/2011