Programa Identidade e Cultura na Amazônia reúne artesãos
Com o objetivo de contribuir com organização do setor de artesanato em Santarém, o programa Cultura Identidade e Memória na Amazônia (CFI) reune nesta terça e quarta-feiras, dias 2 e 3, lideranças ligadas ao artesanato local para debater acerca do projeto “Gestão Pública e Formação de Agentes Culturais”.
“Na oportunidade ouviremos as lideranças para que colaborem com o processo de desenvolvimento do projeto e nos ajudem a pensar as necessidades na gestão do artesanato, em Santarém. É nosso interesse compreender melhor o espaço que organiza o seguimento e contribuir para sua melhoria”, esclareceu o Prof. Dr. Itamar Paulino, coordenador do projeto.
Entre os temas a serem debatidos, está o mapeamento do setor para que os artesãos locais tenham acesso aos programas nacionais.
A artesã Terezinha dos Santos, 57 anos, da Associação da Feira de Artes de Santarém (Afartes), considera importante a realização de eventos como este. Ela lamenta a falta de organização do setor. “Estou há quatro anos aguardando a minha carteirinha, por causa da falta do documento já perdi a oportunidade de expor na principal feira de artesanato de Manaus”, lamentou, referindo-se à carteira do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB).
A presidente da Associação Amazônica Encontro das Águas, Georgete Guimarães, concorda com a colega. “Se não nos organizarmos, não teremos acesso aos benefícios do Programa do Artesanato Brasileiro”, ponderou.
Entre os artesãos que expõem no Terminal Turístico, na Orla de Santarém, está Marili Emília, 48. Ela aprendeu com a mãe o ofício de artesã. Hoje, fabrica peças de diversos segmentos: toalhas, chapéus, bolsas etc. “Nossos produtos são expostos no Terminal Turístico, no horário das 9h da manhã às 10h da noite”, lembrou.
Ao todo, cerca de 40 artesãos se revezam nas bancas montadas no Terminal Turístico, em frente à Praça do Pescador, Orla da Cidade.
Lenne Santos - Comunicação/UFOPA
2/9/2014