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Ufopa e Time Enactus criam projeto para incentivar cultivo da mandioca

Intitulado ManiPirão, o projeto criado pela equipe do Time Enactus da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) vai incentivar o plantio e o uso sustentável da mandioca (macaxeira), importante alimento na cultura dos paraenses e que atualmente se apresenta como alternativa alimentar ao uso do trigo. O projeto abrange também o aproveitamento da casca para a produção de sabão e vinagre, além do tradicional uso das raízes. A reitora da Ufopa, Prof. Raimunda Monteiro, é conselheira do Time Enactus/Ufopa.

O projeto ManiPirão será executado na comunidade Boa Esperança, localizada a 42 km de Santarém, na PA-370 Rodovia Curuá-Una. Serão beneficiadas 34 famílias de produtores rurais que integram a Cooperativa dos Produtores da Agricultura Familiar da Comunidade Boa Esperança (Coopboa). Na fase atual, o projeto capacita os integrantes.

Nesta sexta-feira, 27, e sábado, 28, o coordenador do projeto, Ricardo Patrese, participa do Unilever Team Training Conference (TTC Unilever), que será realizado na cidade de São Paulo. “No primeiro dia do evento, os times participarão de oficinas juntamente com os colaboradores da Unilever, os quais acompanharão os projetos como coaches ao longo da parceria. Essas oficinas serão oportunidades de conhecer melhor o Unilever Sustainable Living Plan e como ele direciona a ambição de crescimento do negócio da Unilever. Além disso, será um momento para apresentarmos os projetos para a liderança da Unilever, trazendo um momento de interação e geração de insights. O segundo dia de evento será designado para o encontro de cada time com seu coach Unilever e também para o treinamento dos times a respeito do Campeonato Nacional Enactus Brasil 2015”, afirma a coordenadora do Time Enactus/Ufopa, Suelen Belo.

Sobre a mandioca - A cultura da mandioca (macaxeira) exerce importante papel no cenário agrícola nacional e internacional, tanto como fonte de energia para a alimentação humana e animal, quanto como geradora de emprego e de renda, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Segundo o IBGE (2008), a produção nacional da cultura, na safra de 2007, foi estimada em 27 milhões de toneladas, com rendimento médio de 14 toneladas de raízes por hectare. Dentre as regiões produtoras, a região Nordeste se destaca com participação de 37% da produção nacional.

No Pará, a farinha, principal produto da mandioca, é umas das maiores geradoras de renda na economia da agricultura familiar. O processamento da farinha de mandioca na região ocorre de forma artesanal em pequenas unidades de produção denominadas “casas de farinha”, que utilizam matéria-prima e mão de obra provenientes dessa modalidade de agricultura.

O projeto pretende, com o apoio da Ufopa, da Coopboa e do Time Enactus, trazer de volta à atividade da cultura da mandioca produtores que tem abandonado o cultivo - por meio do “incentivo à produção, procura de novos mercados e parcerias para venda de seus produtos e subprodutos, a fim de aumentar sua produção e renda, além de dar toda a assistência técnica. As famílias receberão em campo orientações sobre manejo adequado das culturas e dos resíduos”.

O objetivo do projeto é promover o desenvolvimento sustentável do agronegócio, destacando soluções que minimizam o desperdício de matéria-prima (mandioca), o que geralmente ocorre durante os processos de colheita, transporte e armazenamento. A geração de renda aos agricultores familiares, tanto a partir da cadeia produtiva quanto no reaproveitamento dos resíduos sólidos resultantes, é outra vantagem do projeto, além de fortalecer a cadeia produtiva da mandioca, melhorando a eficiência do seu processo de beneficiamento, fornecendo ao mercado consumidor produtos de qualidade.

O projeto prevê ainda a implantação de instalações físicas adequadas ao beneficiamento e armazenamento da produção, reaproveitamento dos resíduos para geração e comercialização de outros produtos como vinagre e sabão, além do reaproveitamento dos resíduos para geração de energia (biodigestor).

Lenne Santos - Comunicação/Ufopa

25/3/2015