Você está aqui: Página Inicial Notícias 2015 Outubro Ufopa participa de movimento em defesa da pesca artesanal no Baixo Amazonas

Ufopa participa de movimento em defesa da pesca artesanal no Baixo Amazonas

Ufopa participa de movimento em defesa da pesca artesanal no Baixo Amazonas

Foto: Rosa Rodrigues.

A Ufopa sediou ontem, 26, uma reunião com o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Mário Guedes. Em pauta a discussão sobre a portaria interministerial 192, de 5 de outubro de 2015, que suspende os períodos de defeso de espécies na região e, consequentemente, o seguro-defeso dos pescadores. Participaram da reunião representantes de movimentos sociais, da indústria pesqueira na região e pesquisadores da Ufopa, do Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA), que desenvolvem pesquisas sobre o pescado na região.

Na reunião se apresentou a preocupação com os impactos que a região pode sofrer com a liberação da pesca de espécies, gerando problemas para o futuro quanto ao abastecimento do pescado.

Esse encontro é resultado da Carta de Santarém em Defesa da Pesca Artesanal no Baixo Amazonas Paraense, produzida como resultado do seminário “O Desenvolvimento da Pesca na Várzea do Baixo Amazonas”, realizado nos dias 14 e 15 de outubro, em Santarém.

De acordo com a carta, “o seguro-defeso tem sido uma das poucas armas que o governo atualmente possui para conservar os recursos pesqueiros. O seguro defeso é uma compensação justa para pescadores que suspendem suas atividades durante o período de defeso assegurando a reprodução das espécies comerciais e a manutenção e recuperação dos estoques pesqueiros”.

Após as falas dos representantes e pesquisadores, retratando a preocupação com os resultados da decisão de suspender o defeso, o secretário Carlos Guedes reconheceu que é necessário o aprofundamento dos conhecimentos, compreendendo a complexidade da bacia Amazônica. Para tanto, ele solicitou aos presentes o envio de documentos que apresentam a contextualização da realidade local com as pontuações do ponto de vista das entidades, e as pesquisas feitas pelos pesquisadores da Ufopa relacionadas ao assunto. Ele pontuou que, com o aprofundamento dessas informações, será possível montar uma agenda de discussões e se “pensar uma portaria a partir das características regionais”.

Rosa Rodrigues – Comunicação/Ufopa

27/10/2015