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Alunos de Agronomia realizam levantamento de solos da fazenda da Ufopa

Alunos de Agronomia realizam levantamento de solos da fazenda da Ufopa

Foto: Acervo do Ibef.

O objetivo é identificar os possíveis usos e aptidões agrícolas da fazenda Pica-pau

Alunos do curso de Agronomia do Instituto de Biodiversidade e Florestas (Ibef) da Ufopa participaram de atividades práticas de coleta de solos na Unidade Experimental “Fazenda Pica-Pau”, situada no km 37 da rodovia Curuá-Una. Orientada por professores da Ufopa, a iniciativa visa a definir os possíveis usos e aptidão agrícola da fazenda, que possui 663,14 hectares de área total e já congrega atividades práticas de campo e de experimentos de pesquisa.

A atividade integra o projeto “Levantamento do solo e aptidão agrícola da "Unidade Experimental da Ufopa Fazenda Pica-pau", sendo realizada no âmbito da disciplina “Levantamento de solos e aptidão agrícola”, ministrada pela professora Iolanda Maria Soares Reis. Segundo a docente, as coletas de solo foram realizadas em maio deste ano, com a participação de 33 alunos, da turma de 2011, que estavam cursando o 9º semestre. “A participação dos alunos foi fundamental. Eles passaram vários dias na fazenda e realizaram o trabalho com muito empenho”, afirma.

Iolanda Reis explica que o objetivo principal do projeto é levantar dados para o uso adequado da fazenda Pica-pau, além de proporcionar atividades práticas para os alunos da Agronomia e demais cursos da Ufopa. “Realizamos as coletas em campo para identificar as possíveis ordens de solo”, afirma. Os alunos também realizaram as análises morfológicas das amostras até o momento coletadas. A análise servirá para identificar e caracterizar os diferentes solos presentes na fazenda. “Temos aproximadamente um terço da área da fazenda já analisada e não identificamos ainda a presença de terra preta”, revela.

O projeto conta também com a colaboração dos professores José Augusto Amorim Silva do Sacramento e Elói Gasparin, ambos do Ibef, e do pesquisador Raimundo Cosme de Oliveira, da Embrapa. “Nessa primeira etapa tivemos o apoio da direção da fazenda, a professora Andréa Vinente e o técnico engenheiro agrônomo Avner Gaspar, principalmente com relação à logística e alimentação dos alunos, o que foi fundamental para a realização das atividades de campo”.

Experiência - “A princípio foi um trabalho bem didático. O nosso curso precisa de muitas aulas práticas, e essa atividade, como aula prática, foi bastante significativa, para o nosso currículo”, avalia o discente Wendel da Costa Oliveira, que participou do levantamento. “Como temos bastante teoria em sala de aula, as práticas vêm a complementar, e essa prática, em especial, foi uma experiência muito importante porque, além do solo, conhecemos a fauna e a flora do local, o tipo de relevo, o que tinha ali antigamente, e tudo isso influencia no resultado final da pesquisa”, afirma o aluno, que fará o seu trabalho de conclusão de curso focado na aptidão de solos.

Como aula prática foi ótima, pois como na Agronomia a base é o solo, é muito importante a gente saber fazer uma coleta de solo corretamente”, afirma a discente Maria Isaura Pinto de Vasconcelos, que também participou das coletas. “Trouxemos as amostras de solo da fazenda para o laboratório, onde fizemos as análises, tanto da textura quanto da cor, o que nos dará os indícios dos diferentes tipos de solo da fazenda, além do indicativo das culturas que poderão ser lá trabalhadas”.

Maria Isaura explica que os alunos usaram como orientação um mapa da fazenda, que foi dividida em faixas. A turma foi dividida em equipes, e cada grupo ficou com uma faixa com vários pontos demarcados pelo GPS, onde foram feitas as coletas e tradagens de até um metro de profundidade do solo. “Tivemos que encontrar os pontos, a partir das coordenadas tiradas do GPS, e fazer a coleta de 0-20, 40-60 e 80-100 cm, assim que o solo permitisse”.

O levantamento pedológico deverá se estender por mais um ano e novas coletas deverão ser realizadas nos próximos meses. “Na próxima etapa vamos abrir perfis de solo e realizar análises químicas para verificar a fertilidade”, informa Iolanda Reis. “A nossa intenção é de otimizar esse espaço e de contribuir para a formação dos alunos, além de incluir os servidores da fazenda nessa atividade”.

Maria Lúcia Morais - Comunicação/Ufopa

9/12/2015

 

 

 

Momentos do trabalho de campo do Ibef na Fazenda Pica-Pau. Fotos: Acervo do Ibef.