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Acquapacita desenvolve ações de extensão rural em comunidades pesqueiras

Acquapacita desenvolve ações de extensão rural em comunidades pesqueiras

Atividade de extensão rural. Foto: Acervo Rede Acquapacita.

A prestação de serviços de extensão rural a comunidades envolvidas em práticas pesqueiras é o foco principal das ações realizadas pela Rede Acquapacita, iniciativa do Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA) da Ufopa. A ação conta com a participação de discentes e professores do curso de Engenharia de Pesca e visa a propiciar alternativas para a melhoria da qualidade de vida dos produtores rurais e suas famílias, através da implementação de atividades de piscicultura sustentável.

Coordenada pelo professor Keid Nolan, a Rede Acquapacita promove cursos de capacitação e oficinas para acadêmicos, produtores e criadores de organismos aquáticos, além de feiras, exposições, encontros e seminários, a fim de divulgar e aperfeiçoar a criação de organismos aquáticos no município de Santarém. “O nosso objetivo é de integralizar a extensão pesqueira, por meio de parcerias e com foco nos pescadores, aquicultores e comunidade acadêmica”, explica a acadêmica bolsista da Rede, Annita Feitosa.

A instalação de tanques-redes para a criação de organismos aquáticos no reservatório da Usina Hidrelétrica de Curuá-Una é uma das prioridades da Rede para 2016. Aprovado pela Eletronorte, o projeto será implantado pela Sociedade Cooperativa dos Aquicultores do Tapajós (Coopata) e deverá atender inicialmente a oito comunidades rurais do entorno do reservatório. “A Acquapacita dará suporte para a realização do projeto, com a participação de professores e alunos da Ufopa. Vamos ministrar oficinas e cursos de capacitação sobre as atividades de extensão pesqueira”, esclarece Annita Feitosa, que é aluna de Engenharia de Pesca da Ufopa.

Legalização - Além de prestar ações de assistência técnica e de extensão aos criadores de organismos aquáticos, orientando-os na elaboração de projetos aquícolas, a Rede também realiza visitas técnicas de viabilidade às propriedades, com o objetivo de esclarecer aos interessados o melhor aproveitamento da área para a criação de peixes ou pesque e pague. “Em 2015 visitamos diversas fazendas de aquicultura na região do Eixo Forte, com o objetivo de identificar as dificuldades enfrentadas pelos produtores de organismos aquáticos”.

Segundo Feitosa, as dificuldades vão desde a elaboração, implantação e legalização de projetos de aquicultura, até a obtenção do licenciamento ambiental dos criatórios. “A falta de uma definição clara dos papeis e das competências de cada órgão público envolvido no processo de licenciamento ambiental dificulta a legalização dos projetos da região”, afirma.

Parcerias - Criada em 2014, a Rede Acquapacita busca o fortalecimento de parcerias com entidades, órgãos públicos e produtores de organismos aquáticos, visando à qualificação dos serviços prestados às comunidades pesqueiras de Santarém. “Através da Rede, conseguimos reunir, em junho do ano passado, diversos órgãos governamentais, como a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Santarém (Semma), a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) e o Banco da Amazônia (Basa), para um evento que discutiu a Legalização e a formação de políticas públicas para as atividades aquícolas da região”, lembra Annita Feitosa. “No decorrer de 2016, daremos continuidade às atividades de extensão pesqueira propostas pelo grupo, contribuindo com a formação acadêmica e com o desenvolvimento das aquiculturas locais”.

Mais informações: redeacquapacita.ufopa@gmail.com.

Maria Lúcia Morais - Comunicação/Ufopa

21/3/2016